Seja na baixa ou na alta estação, a praia do Forte mantém a tradição que lhe trouxe fama no litoral natalense: é a praia da família e da criançada. Em pleno sábado de janeiro, o local estava repleto de gente, em um movimento que começa logo cedo pela manhã e se estende até o fim de tarde. A praia é basicamente frequentada por moradores de Natal, o que deixa banhistas e comerciantes bastante à vontade para circular e frequentar as calmas águas do local.
O servidor público Dennys Lopes chegou bem cedo, às 7h30, para que a filha Sofia, de três anos, pudesse curtir a fase mais amena do sol. Ele afirma que não vai à praia com tanta frequência, apenas em ocasiões de feriado ou férias, mas que a praia do Forte é a primeira opção quando se pensa em sair com família. “É um lugar calmo, com o melhor banho para criança. É tudo em função dela mesmo”, diz, enquanto a filha cava seu laguinho na areia.
Mesma opinião do militar Marcelo Santos, acompanhando os movimentos de sua pequena Laura, de dois anos. “É a praia ideal para quem tem criança pequena. A tranquilidade do mar, do ambiente. Nossa meta é vir aqui pelo menos uma vez por mês”, diz.
O mecânico Agenor Gomes afirma que só não vem mais por causa do trabalho e da distância. Mesmo assim, tirou o sábado para vir com a esposa e o filho adolescente, de 14 anos. “O clima é o melhor daqui. O lago rasinho, a tranquilidade de deixar os filhos à vontade. Se saímos de casa pra ir à praia, tem que ser num lugar assim”, completa.
Já os primos Luana Varela e Lucas Matheus são a prova que a praia do Forte também pode atrair outros perfis de público – mais jovens e sem filhos. Eles afirmam que na hora de curtir uma praia, se dividem entre Miami e a do Forte. “A gente mora na zona Norte, então são as mais próximas de nós quando atravessamos a ponte”, diz Luana. Mas não é só por isso. “Eu não sei nadar e tenho medo de arriscar, por isso os laguinhos da praia são ideais pra mim”, brinca. Lucas complementa. “Devido à tranquilidade, é um ótimo lugar pra conversar”.
Os comerciantes da área, sejam ambulantes ou de barracas, reconhecem a fidelidade do público dessa praia. Odair Rocha vende seus quitutes do mar a pé, há 18 anos na região. “Minha clientela forte é o nativo. Turistas são minoria aqui. A época que mais vendo é realmente no começo do ano”, diz. Odair é morador próximo, e também conhece as necessidades antigas da área: “Aqui precisa de banheiros, chuveiro e mais segurança”, afirma.
TRIBUNA DO NORTE
